segunda-feira, 18 de junho de 2012
Do capítulo dos sentimentos de quase se perder a vida malandra
Noite!
Não sei como anda a reputação do Blogger na internet, se está para o Orkut, se esta tal qualmente o Facebook; de qualquer forma resolvi escrever, me sentindo inspirado pelos grandes mestres que inscrevem na internet e pela mudança repentina nos acontecimentos cotidianos. Aviso que apenas tentarei tornar isso de interesse coletivo, tipo, coisa útil que você poderá usar como argumento naquela conversa com ninguém.
Sabe aquela música: "...já morei em tanta casa que nem me lembro mais..."? pois é, sempre achei meio exagerado a expressão do âmago que ele quis passar na canção. Agora isso faz um pouco mais de sentido, olha: sujeitos chatos como eu, demoram a se habituar com as mudanças, modernas - antigas tanto faz, não tenho vergonha de admitir que demorei a gostar de Beatles e Los Hermanos, grupos musicais que hoje reverencio. Então com o espaço físico não seria diferente, muda-se de uma casa pra outra, sujeita-se a novos ares, tolerâncias, hábitos, obrigações, isso é quase impossível, e quando percebe está com um sentimento de "sem canto", você não combina com aquele nem aquele outro lugar. Está no vácuo do espaço.
Isso não é crise, talvez seja constatação vaga. Mas é interessante de se pensar, lembra a sensação de estar perdido ou quase estar perdido (quando não tenho que pegar o ônibus em 6 minutos é ótimo) que é aquela coisa de explorar o novo numa realidade desesperadora, aquela coisa: eu vou me achar logo mais, só quero curtir a sensação de quase me perder.
Acho que depois que tudo isso passar vou me sentir bem mais malandro, a ponto de querer chantagear, a vida com um simples hot dog; e ela bem séria, olha na minha cara e fala: "tá pelo menos com molho?"
sábado, 11 de dezembro de 2010
Sabe, não quero escrever poemas.
Devo avisar que nem passei esse texto no word - escrevi assim, na lata.
O meu desejo não é de ser original e diferente no que eu faço, inevitavelmente sou diferente de todos vocês; calma, eu sou igual, porém sou diferente, sacou? Reproduzindo o que ouvi: "existe um complexo de unidades que formam um só: a unidade da multiplicidade" dentro de todo mundo tem um mundo, e esse "mundinho" forma o "mundão". Sempre me enrolo...
Agora o grande lance que é o motivo d'eu (pareci de Portugal? "d'eu") escrever isso, é: acreditam que eu inspiro com minha poesia? Eu que sou o critico mais ferrenho da mesma, eu que acho quase todo tipo de poesia careta (considero a minha) e vem alguém e faz uma poesia careta que é inspirada na minha, porém, super sincera e única. Agora o que eu não compreendo é: como roubam minhas frases feitas? Podiam me pedir antes! shua shua! (isso é a risada); palavras não tem donos, sei disso. Acho ótimo saber que alguém lê o que eu fiz, acho tudo lindíssimo, no entanto, acho estranho sugarem isso e aquilo.
Porra, eu nem sou famoso e inteligente!
O meu desejo não é de ser original e diferente no que eu faço, inevitavelmente sou diferente de todos vocês; calma, eu sou igual, porém sou diferente, sacou? Reproduzindo o que ouvi: "existe um complexo de unidades que formam um só: a unidade da multiplicidade" dentro de todo mundo tem um mundo, e esse "mundinho" forma o "mundão". Sempre me enrolo...
Agora o grande lance que é o motivo d'eu (pareci de Portugal? "d'eu") escrever isso, é: acreditam que eu inspiro com minha poesia? Eu que sou o critico mais ferrenho da mesma, eu que acho quase todo tipo de poesia careta (considero a minha) e vem alguém e faz uma poesia careta que é inspirada na minha, porém, super sincera e única. Agora o que eu não compreendo é: como roubam minhas frases feitas? Podiam me pedir antes! shua shua! (isso é a risada); palavras não tem donos, sei disso. Acho ótimo saber que alguém lê o que eu fiz, acho tudo lindíssimo, no entanto, acho estranho sugarem isso e aquilo.
Porra, eu nem sou famoso e inteligente!
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Para Amiga Sortuda
Amiga, foi difícil te escrever isso. Tive que ler todos os e-mails que me mandaste. Como eu escrevia estranho! Como tu eras carinhosa! (vou mudar a minha pessoa e tu nem vais perceber...) Como assim “eras”? Ainda é! Mas, naquele tempo de 1º ano era diferente, vivíamos “livres” não tínhamos um peixe pra dar água...
O que eu poderia dizer de você? Ganhou mais uma vela no bolo.
Quando li nossos e-mails, vi um pouco da tua – da nossa história. Cada linha uma risada e/ou uma vontade de apertar meu próprio pescoço – como eu escrevia daquele jeito?
Lembro-me da ocasião em quem eu te vi pela primeira vez – acho que já te contei – não tem problema conto de novo!
1º allegro:
“A primavera entra de novo
Com Vivaldi tocando violino
E rindo, mais ele rindo
E eu quero mesmo é ficar sozinho”
Não fique com vergonha pelo jeito que eu escrevo psedocelomismo é assim mesmo.
Acho que você entrou com o caderno colado ao peito – eu fiquei olhando. Parecia a menos anormal naquela sala de gente doida, depois conclui que na verdade você era a mais normal; No primeiro dia deu vontade de falar contigo, mas sei lá. O que a gente seria sem nossa timidez?. Acho que depois eu inventei qualquer desculpa pra falar. Talvez você tenha percebido que era uma desculpa bem barata.
Fomos levando, até o tempo de agora. Acho que nesse caminho de montanha-russa nós nunca tropeçamos, se tropeçamos não chegamos a cair, ou caímos? Se caímos, levantáramos muito rápido – porque nem deu tempo d’eu ver.
E agora com mais uma primavera que você completa, poderá vir mais invernos iguais a todos que já viveu – não é praga –, mas é só pra deixar bem claro que eu vou estar com o aquecedor ligado. Um prazer enorme poder ver que você ta ficando velhinha, minha amiga maior.
Segundo a Eneida no livro Aruanda “... Se é dever dos cronistas fugir de assuntos pessoais para tratar dos coletivos, que está crônica valha para aqueles que não sabem o que é ter um amigo como o meu. Para aqueles que não souberam conquistar um amigo assim”.
O que eu poderia dizer de você? Ganhou mais uma vela no bolo.
Quando li nossos e-mails, vi um pouco da tua – da nossa história. Cada linha uma risada e/ou uma vontade de apertar meu próprio pescoço – como eu escrevia daquele jeito?
Lembro-me da ocasião em quem eu te vi pela primeira vez – acho que já te contei – não tem problema conto de novo!
1º allegro:
“A primavera entra de novo
Com Vivaldi tocando violino
E rindo, mais ele rindo
E eu quero mesmo é ficar sozinho”
Não fique com vergonha pelo jeito que eu escrevo psedocelomismo é assim mesmo.
Acho que você entrou com o caderno colado ao peito – eu fiquei olhando. Parecia a menos anormal naquela sala de gente doida, depois conclui que na verdade você era a mais normal; No primeiro dia deu vontade de falar contigo, mas sei lá. O que a gente seria sem nossa timidez?. Acho que depois eu inventei qualquer desculpa pra falar. Talvez você tenha percebido que era uma desculpa bem barata.
Fomos levando, até o tempo de agora. Acho que nesse caminho de montanha-russa nós nunca tropeçamos, se tropeçamos não chegamos a cair, ou caímos? Se caímos, levantáramos muito rápido – porque nem deu tempo d’eu ver.
E agora com mais uma primavera que você completa, poderá vir mais invernos iguais a todos que já viveu – não é praga –, mas é só pra deixar bem claro que eu vou estar com o aquecedor ligado. Um prazer enorme poder ver que você ta ficando velhinha, minha amiga maior.
Segundo a Eneida no livro Aruanda “... Se é dever dos cronistas fugir de assuntos pessoais para tratar dos coletivos, que está crônica valha para aqueles que não sabem o que é ter um amigo como o meu. Para aqueles que não souberam conquistar um amigo assim”.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Só poema
Essa voz de cetim, perpassada em Jasmin
Encalda um sorriso de amor
Em turbilhões de canções, pele empele; são êxtases de prazer...
O que quero em verdade? congelar-me em colosso instante!
Traz pr'a nascer
que eu quero criar
em uma chopana de nuvens azuis,
para renascer e conjugar o prazer,
gastando nossos dias, em ilhas cercadas e mar.
Eu estou presente. Você está presente
Ausente só a sofreguidão,
E no refrão ventos tocam-me;
Raios e Tempestades
Para rimar o habitar - garças, gaivotas, colibris e cegonhas azuis
[para combinar
Animais silvestres pr'a florestar
Sem nostalgia. Na artéria da poesia - desprende-se ecoar-deleite
São vozes? sim, são vozes! ultra-macias sem choque ladeadas de cetim...
Agora só resta-me o amor a encontrar-te, e embalsamar-te.
Em sonhos e realidades.
Por: Rossivalter Teixeira de Almeida
*Poema inspirado por "só pseudopoema".
Encalda um sorriso de amor
Em turbilhões de canções, pele empele; são êxtases de prazer...
O que quero em verdade? congelar-me em colosso instante!
Traz pr'a nascer
que eu quero criar
em uma chopana de nuvens azuis,
para renascer e conjugar o prazer,
gastando nossos dias, em ilhas cercadas e mar.
Eu estou presente. Você está presente
Ausente só a sofreguidão,
E no refrão ventos tocam-me;
Raios e Tempestades
Para rimar o habitar - garças, gaivotas, colibris e cegonhas azuis
[para combinar
Animais silvestres pr'a florestar
Sem nostalgia. Na artéria da poesia - desprende-se ecoar-deleite
São vozes? sim, são vozes! ultra-macias sem choque ladeadas de cetim...
Agora só resta-me o amor a encontrar-te, e embalsamar-te.
Em sonhos e realidades.
Por: Rossivalter Teixeira de Almeida
*Poema inspirado por "só pseudopoema".
sábado, 23 de janeiro de 2010
Manolo
Na foto acima percebe-se que o Manoel sabe curtir a vida... Atentem para a sua camisa! olha onde ele vai pra manter a leitura em dia! quando não está com sua gata, claro!
“Ele entrou na sala, andando rápido – com passos larguissimos, como quem quer chegar logo no destino. O jeito excêntrico chamou todos os olhares, ele aproximou-se de nós e perguntou: O que vocês estão conversando?”
Relato anônimo sobre Manoel.
Tal relato seria irrelevante, se eu não falasse que este era o 1º contato de Manolo com a sala. Nesta hora não me agüentei. Por pensar tratar-se de um carinha fazendo graça. Encostei-me na parede e fiquei meia hora rindo, depois de retomado o fôlego ele estava intacto e eu acabado.
Estou falando aqui de um cara que vive a parte. Uns poderia dizer: ah, ele é pseudocelomado! Ou sofre de algum tipo de distúrbio. Mas é difícil defini-lo. Não brinco quando escrevo isso; ele é um caso a parte.
Nos dias de provas víamos o quanto ele se diferenciava, chegando a sala costumeiramente atrasado, perguntava a inspetora se aquela era a sua sala, mesmo depois de meses fazendo a prova na bendita sala... Ele sentava-se na cadeira mais afastada, e alguns segundo após ler a prova, soltava viscerais risadas, e ironias e comentários a respeito da prova. O que dava a entender que sairia dez. Depois perguntávamos como tinha sido ele respondia com a cabeça levantada e um tom sério: “é tirei zero”.
Após um tempo de convívio conosco, nós descolamos para ele o pseudônimo: “mestre”. Porque?
Algumas de suas frases explicariam o que eu tenho a dizer:
Gotas de sabedoria:
“O diferencial é o natural”
“Quando se está com dor de cabeça, se está com um conflito de idéias!”
“O que atrapalha na matemática são os números!”
Quem é Manoel? Está foi uma pergunta que me fiz antes de escrever, sempre tentei decifra-lo, ora parecia um sujeito que queria apenas chamar nossa atenção, ora parecia um cara que buscou a solidão (rimou!), mas acho que "Manusquel" é mais do que isso. Talvez um cara que viva neste mundo, vive e sobrevive, no entanto não sabe que está nele. É o que eu quero acreditar.
Boa Sorte Manoel.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Paulo, Doente?
Por que ficar andando por todo o bairro? Perguntava-me durante todo a minha infância. Havia um sujeito que morava próximo a minha casa chamava-se Paulo, mas eu nunca aprendi a chamá-lo pelo nome, eu ficava ali na janela ou sentado a beira da porta, e durante uma hora via-o passar umas duas vezes, como observador, apelidava-o de “Paulo Doente”, isso por que ele era “diferente” um senhor de uns 45 anos, as roupas velhas e as sandálias novas, uma casa bonita, o único que eu conhecia que era magro, mas era gordo. Explico; as suas pernas eram finas, os braços longos e mais finos ainda, mas a barriga era enorme, tinha medo de ficar perto dele porque achava que a barriga poderia explodir a qualquer momento. Lembrei agora! Outro dia minha tia disse que em uma fase mais inicial da minha vida chamava-o de “Paulo Fumão”, isso se devia porque a todo o momento o herói andava com um cigarro na boca, e às vezes, pegava-os do chão...
Porém havia uma coisa que me instigava no Paulo, ele não somente andava; ele andava e pensava! Pensava em que? Isso foi uma indagação constante. O que havia se passado na vida daquele homem. O que o levou a passar o dia andando sem rumo. Depois de crescido não me perguntava mais - saquei a onda do Paulo - ele andava para não ficar neste mundo, ele vivia a parte.
Ontem, ao chegar em casa eu o vi na rua, em suas andanças, que já não são como eram antes - agora é mais lento, o pensamento já não é mas igual ao de outrora, o tempo chegou para ele. Mas, houve um fato inédito, ele aproximou-se de mim, aquela barriga enorme, os olhos semifechados, e algo que eu nunca havia notado, o rosto trazia seqüelas de um derrame, a palavra eu nunca havia ouvido sair da sua boca. Chegou e indagou-me:
_ Tem cigarro? Disse o Paulo.
_Não. Respondi de forma seca e surpresa.
_Tá bom. Disse ele.
Foi só, ele se virou e saiu. Todos ao redor ficaram olhando. Não sacaram que ali havia um grande sujeito, que leva sua vida sem incomodar ninguém, e que no fundo só quer fumar mais um cigarro, em resumo ali tem um filósofo, um cara que já se descobriu, como eu sei? Eu só sei.
Agora tenho uma certeza: Nós somos Young!
Porém havia uma coisa que me instigava no Paulo, ele não somente andava; ele andava e pensava! Pensava em que? Isso foi uma indagação constante. O que havia se passado na vida daquele homem. O que o levou a passar o dia andando sem rumo. Depois de crescido não me perguntava mais - saquei a onda do Paulo - ele andava para não ficar neste mundo, ele vivia a parte.
Ontem, ao chegar em casa eu o vi na rua, em suas andanças, que já não são como eram antes - agora é mais lento, o pensamento já não é mas igual ao de outrora, o tempo chegou para ele. Mas, houve um fato inédito, ele aproximou-se de mim, aquela barriga enorme, os olhos semifechados, e algo que eu nunca havia notado, o rosto trazia seqüelas de um derrame, a palavra eu nunca havia ouvido sair da sua boca. Chegou e indagou-me:
_ Tem cigarro? Disse o Paulo.
_Não. Respondi de forma seca e surpresa.
_Tá bom. Disse ele.
Foi só, ele se virou e saiu. Todos ao redor ficaram olhando. Não sacaram que ali havia um grande sujeito, que leva sua vida sem incomodar ninguém, e que no fundo só quer fumar mais um cigarro, em resumo ali tem um filósofo, um cara que já se descobriu, como eu sei? Eu só sei.
Agora tenho uma certeza: Nós somos Young!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
A banda
Formou-se tudo em um mês de Agosto; típico mês preguiçoso por ser depois das férias. Estávamos na 8º série, eu vindo de um ano repetente – um estranho no ninho, afinal todos estavam impecáveis com o colégio. Toda sexta saiamos cedo, bem cedo. E esse era o dia da “arte”; antes de Agosto resumia-se a: futebol, videogame, lan-house coisas triviais, mas que contribuíram para nossa afinidade – afinidade o que da sentido a uma banda (sem querer fazer referências a Los Hermanos). Mas naquela sexta a primeira do mês, havia algo diferente – eu estava empolgado por ter acabado de ganhar um simples MP3, que em suas funções mínimas, fazia gravações, isto abria um mundo de possibilidades para mim; gravar conversas, trotes, e o mais importante música. Neste bendito dia houve uma pequena briga com Leonardo (aspirante à baterista) fato comum entre nós - fiquei sem falar com ele - fato mais que comum entre nós. Então para não perder a sexta perguntei a Tré (pseudoguitarrista) porque não íamos a casa dele para cheirar alguns gatinhos e tocar um som? “Beleza” disse nosso amado guitarrista, quando saímos da sala de aula, apresenta-se a nós aquele vil baterista e nos interpela: Onde vocês vão? Ei Charlie (meu apelido)! Quero ir com vocês! - Fiquei puto na hora, mas ponderei.
Ao chegar à casa do Tré, o mesmo apoderou-se de sua viola e como em um truque de mágica barato começou a tocar “Polly” música de Kurt Cobain – personagem que influenciou demais a banda, inclusive nos momentos que errávamos e percebíamos ele se remexendo na sua “cumba”. De cara ficou definido quem seria quem. Eu conhecia a letra logo seria o vocalista, Tré o “guitar man” e Leopardo Leonardo que ao averiguar na toca do raposa casa do Tré, achou dois magníficos baldes de pipoca da Coca-Cola – que na minha opinião deveriam entrar para o museu do rock – e batendo-os num quase-ritmo, fizemos nossa primeira gravação, não ficou ótimo, também não ficou ruim, ficou péssimo. Neste dia fizemos várias outras gravações. Rolou Nirvana do começou ao fim, mas também rolou Ramones, White Stripes... E como não haveria de faltar, diversão, cheiradas de gatinho...
Depois da fase inicial percebemos que faltava um baixista para a banda. Perguntaram-me; porque não tu? Simplesmente, eu estava em uma banda e ainda não sabia tocar nenhum instrumento, faltava-me habilidade para pegar o contra-baixo, mas fiquei na promessa de aprender logo em breve, porém enquanto isso precisávamos dar um jeito nesse problema, mediante o problema – achamos uma boa solução convidar o colega maloqueiro, Arthur, que de cara pareceu uma ótima solução, mas depois vimo-nos enganados. Bem, pulemos esta parte... Resolvemos então convidar o amigo da antiga escola do Tré: Lucas, “o monocelha”. Depois de um mês dele na banda é que vim conhece-lo a principio o achei meio estranho, talvez empolgado demais, porém mais empolgado que eu naquela época não havia! Em pouco tempo de banda vimos no Lucas uma grande pessoa, e em uma de nossas reuniões ele surpeendeu-me com uma música composta por ele, chamava-se “Viva o Rotulo” no começo parecia uma porção de frases desconexas mas depois eu fingi que ficou claro, e tínhamos um hit em nossas mãos. Na verdade a história da banda foi permeada de hits, como: “Viva a Revolução”, “Alien (não somos patriotas)”, “Televisão”, tudo feito na maior brasilidade. Gostaria de aproveitar este resto de parágrafo para falar do estúdio em que ensaiávamos, o nome do dono é “Terror” acho que aí dá para ter uma idéia do que está por vim. O estúdio chamava-se Scorpion’s, na verdade era um bar e chamava-se Scorpion’s Bar, e o estúdio era embutido no bar, o bar era enorme, o estúdio era mínimo, com microfones baixos como um sussurro, eu tinha que berrar para minha voz sair, isso me deu uma seqüela, uma certa rouquidão que carrego na voz, a bateria era igual ladrão quando sai do PSM, toda enfaixada, para segurar as peças. Isto era o melhor que tínhamos encontrado, pelo dinheiro que tínhamos.
Logo após veio o conflito de idéias, e percebemos que cada um estava procurando um som diferente e a banda acabou. Pensei em terminar assim meu texto, mas você leitor atento, exclamaria, que idiotas! A banda só precisava misturar os sons e criaria uma nova cara para a música. Mas veja leitor, observe o Rio Negro e o Solimões, e o encontro de titãs, que nunca vão se misturar, é como água doce e salgada, foram feitos diferentes – para isso, para nunca se misturarem.
Ao chegar à casa do Tré, o mesmo apoderou-se de sua viola e como em um truque de mágica barato começou a tocar “Polly” música de Kurt Cobain – personagem que influenciou demais a banda, inclusive nos momentos que errávamos e percebíamos ele se remexendo na sua “cumba”. De cara ficou definido quem seria quem. Eu conhecia a letra logo seria o vocalista, Tré o “guitar man” e Leopardo Leonardo que ao averiguar na toca do raposa casa do Tré, achou dois magníficos baldes de pipoca da Coca-Cola – que na minha opinião deveriam entrar para o museu do rock – e batendo-os num quase-ritmo, fizemos nossa primeira gravação, não ficou ótimo, também não ficou ruim, ficou péssimo. Neste dia fizemos várias outras gravações. Rolou Nirvana do começou ao fim, mas também rolou Ramones, White Stripes... E como não haveria de faltar, diversão, cheiradas de gatinho...
Depois da fase inicial percebemos que faltava um baixista para a banda. Perguntaram-me; porque não tu? Simplesmente, eu estava em uma banda e ainda não sabia tocar nenhum instrumento, faltava-me habilidade para pegar o contra-baixo, mas fiquei na promessa de aprender logo em breve, porém enquanto isso precisávamos dar um jeito nesse problema, mediante o problema – achamos uma boa solução convidar o colega maloqueiro, Arthur, que de cara pareceu uma ótima solução, mas depois vimo-nos enganados. Bem, pulemos esta parte... Resolvemos então convidar o amigo da antiga escola do Tré: Lucas, “o monocelha”. Depois de um mês dele na banda é que vim conhece-lo a principio o achei meio estranho, talvez empolgado demais, porém mais empolgado que eu naquela época não havia! Em pouco tempo de banda vimos no Lucas uma grande pessoa, e em uma de nossas reuniões ele surpeendeu-me com uma música composta por ele, chamava-se “Viva o Rotulo” no começo parecia uma porção de frases desconexas mas depois eu fingi que ficou claro, e tínhamos um hit em nossas mãos. Na verdade a história da banda foi permeada de hits, como: “Viva a Revolução”, “Alien (não somos patriotas)”, “Televisão”, tudo feito na maior brasilidade. Gostaria de aproveitar este resto de parágrafo para falar do estúdio em que ensaiávamos, o nome do dono é “Terror” acho que aí dá para ter uma idéia do que está por vim. O estúdio chamava-se Scorpion’s, na verdade era um bar e chamava-se Scorpion’s Bar, e o estúdio era embutido no bar, o bar era enorme, o estúdio era mínimo, com microfones baixos como um sussurro, eu tinha que berrar para minha voz sair, isso me deu uma seqüela, uma certa rouquidão que carrego na voz, a bateria era igual ladrão quando sai do PSM, toda enfaixada, para segurar as peças. Isto era o melhor que tínhamos encontrado, pelo dinheiro que tínhamos.
Logo após veio o conflito de idéias, e percebemos que cada um estava procurando um som diferente e a banda acabou. Pensei em terminar assim meu texto, mas você leitor atento, exclamaria, que idiotas! A banda só precisava misturar os sons e criaria uma nova cara para a música. Mas veja leitor, observe o Rio Negro e o Solimões, e o encontro de titãs, que nunca vão se misturar, é como água doce e salgada, foram feitos diferentes – para isso, para nunca se misturarem.
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